Floresta Viva e Energisa divulgam projetos selecionados para a restauração da Bacia do Xingu
O programa é fruto de parceria do BNDES com Energisa e outras empresas e irá investir R$ 20,3 milhões na recuperação ambiental de 700 hectares de floresta Amazônica, abrangendo os estados do Pará e Mato Grosso.
Publicada em: 19/12/2024
O programa Floresta Viva, idealizado pelo BNDES e executado em parceria com a Energisa, Norte Energia e Fundo Vale, acaba de anunciar a seleção de quatro projetos voltados para a restauração ecológica da bacia hidrográfica do Rio Xingu. Com um investimento de R$ 20,3 milhões, os projetos visam regenerar o ecossistema amazônico, fortalecer cadeias produtivas sustentáveis e promover a inclusão socioeconômica das comunidades locais.
A bacia do Rio Xingu abrange cerca de 53 milhões de hectares e 50 municípios nos estados do Pará e Mato Grosso. O rio percorre áreas protegidas, como terras indígenas e unidades de conservação, criando um corredor de sociobiodiversidade que conecta biomas, mas enfrenta desmatamento, tendo perdido 730 mil hectares, entre 2019 e 2022.
Restaurar uma área de 700 hectares na Bacia do Xingu é agir no presente para garantir um futuro sustentável e viável para a população da Amazônia e de todo o Brasil. O que acontece na Amazônia reverbera para o resto do país”, diz Manoel Serrão, Superintendente de Programas do FUNBIO.
Cada projeto foi escolhido por seu impacto ambiental e potencial de geração de renda para a região, cobrindo as áreas do Baixo, Médio e Alto Xingu. As iniciativas incluem a ações que incentivam o envolvimento direto das comunidades locais em atividades como coleta de sementes, estruturação de viveiros e manejo sustentável de culturas.
Reconhecemos a importância desses projetos nos biomas onde operamos, pois não apenas restauram ecossistemas valiosos, mas também contribuem para nossa ambição de mitigar nossas emissões GEE rumo a neutralidade até 2050. Além de investir em soluções tecnológicas, o Grupo Energisa está atento em promover soluções baseadas na natureza, entendendo que a combinação de inovação tecnológica com o poder da natureza é fundamental para um futuro sustentável e resiliente”, diz Michelle Almeida, coordenadora de Gestão e Sustentabilidade do Grupo Energisa.
Conheça os projetos selecionados:
- Na trilha da Floresta Viva: restauração ecológica socioprodutiva na Bacia do Xingu, da Associação Rede de Sementes do Xingu (ARSX)
O projeto busca restaurar 200 hectares de áreas degradadas por meio do plantio de espécies nativas, além de apoiar a capacitação de grupos de coletores de sementes e o fortalecimento de redes com agentes locais e parceiros estratégicos. - Xingu Sustentável: o cacau orgânico gerando renda e promovendo a restauração ecológica do Médio Xingu, da Cooperativa Central de Produção Orgânica da Transamazônica e Xingu (CEPOTX)
Focado na produção de cacau orgânico, esta iniciativa une restauração ambiental com geração de renda, criando uma agroindústria local para beneficiamento do cacau. O objetivo é regenerar 150 hectares de áreas degradadas com um sistema produtivo sustentável, com estímulo a participação de mulheres e jovens. - Sempre Vivas, Sempre Verdes: restauração ecológica e inclusão socioprodutiva na RESEX Verde para Sempre, do Instituto Internacional de Educação do Brasil (IEB)
O projeto propõe a restauração de 200 hectares dentro da Reserva Extrativista Verde para Sempre, no Pará, uma das maiores do Brasil. A iniciativa busca não apenas recuperar a vegetação, mas também promover a capacitação e inclusão socioprodutiva de mulheres com a criação de uma rede de coleta e comercialização de sementes, com foco na cadeia da restauração. - Resset Assurini, da Fundação de Ciência, Tecnologia, Inovação e Desenvolvimento Sustentável Guamá
Voltado à recuperação de 150 hectares de áreas classificadas como prioritárias pelo governo do estado em Altamira (PA), este projeto combina a restauração ecológica com o desenvolvimento de atividades produtivas. O projeto prevê a criação de viveiros de mudas e a coleta de sementes nativas, unindo poder público, associações comunitárias e pesquisadores de universidades locais.
Foto: Tui Anandi/Instituto Socioambiental (ISA)